Portugal propõe regresso do Grande Prémio da Fórmula 1 em 2027

Portugal poderá receber novamente a Fórmula 1 em 2027. A Formula One Management (FOM) confirmou ao Dinheiro Vivo que foi apresentada uma “proposta positiva” para o retorno do Grande Prémio no Autódromo Internacional do Algarve, embora o acordo ainda não esteja formalizado.

“Podemos confirmar que houve discussões e uma proposta positiva, mas não podemos afirmar que o acordo já foi finalizado”, declarou uma fonte oficial da FOM.

O Ministério da Economia, sob a liderança de Manuel Castro Almeida, optou por não comentar os valores envolvidos ou o orçamento em que o investimento seria incluído. Porém, estima-se que a taxa de entrada seja em torno de 30 milhões de euros, sem contar com pelo menos mais 10 milhões em custos operacionais e infraestrutura.

A competição por um lugar no calendário é intensa: em 2027, expiram os contratos de circuitos na Bélgica e nos Países Baixos, além da pressão para que a Fórmula 1 chegue a África. A FOM já declarou que o número de corridas não ultrapassará 24, de modo que Portugal terá que competir diretamente com outros candidatos.

Portimão recebeu a Fórmula 1 em 2020 e 2021, durante a pandemia, sem pagar taxa de entrada. Contudo, os custos de organização foram de 9,4 milhões de euros por edição, financiados pelo Turismo de Portugal e pela Parkalgar, gestora do circuito. O Governo ainda investiu 1,5 milhões de euros na repavimentação da pista.

Lewis Hamilton, que venceu ambas as corridas realizadas no Algarve, elogiou o traçado, caracterizando-o como um “circuito fantástico”, o que fortalece a posição de Portugal junto à FOM.

Apesar do prestígio, o impacto financeiro direto foi moderado. Um relatório apresentado ao Turismo de Portugal indicava receitas entre 26,7 e 27,7 milhões de euros, inferiores aos custos totais, em parte devido ao fato de que a totalidade das vendas de bilhetes reverte para a FOM e grande parte da logística é gerida pelas próprias equipes.

Atualmente, a decisão da FOM sobre o futuro calendário ainda não está tomada: “Há vários anfitriões potenciais disputando um lugar no calendário, mas teremos apenas 24 corridas, por isso precisamos avaliar cada um com base em seus méritos”, ressaltou uma fonte oficial da organização.