Economia

Universidade de Coimbra Analisa o Impacto dos Incêndios de Agosto nos Animais Selvagens

Universidade de Coimbra Analisa o Impacto dos Incêndios de Agosto nos Animais Selvagens

O projeto “Mapear para Proteger!” faz parte da iniciativa “Memórias da Floresta”, promovida pelo HTC – Pólo CFE na NOVA FCSH, e prevê o lançamento de uma plataforma digital acessível ao público. Esta plataforma permitirá que os cidadãos registrem suas observações e contribuam para a investigação sobre o impacto dos incêndios na floresta e na fauna.

Nos próximos meses, investigadores do Centro de Ecologia Funcional e do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) irão estudar os efeitos dos incêndios florestais ocorridos em agosto na fauna nacional. Uma segunda fase do projeto irá focar na monitorização de populações de cervídeos.

Referindo-se à Serra da Lousã, Joana Alves, investigadora do CFE e responsável pelo projeto, destaca que, apesar de a região já ter sofrido incêndios antes, a área que ardeu este ano é considerável, exigindo uma monitorização reforçada. “Este ano vamos expandir a área de acompanhamento, abrangendo tanto os locais afetados pelo fogo quanto os não ardidos, para entender as consequências desse fenômeno no comportamento e na movimentação dos cervídeos presentes na serra”, explica.

Além de registrar a população, os investigadores utilizarão pontos de observação, câmaras fotográficas, armadilhas e gravadores de áudio distribuídos em diversas áreas da serra. Essa abordagem ajudará a determinar se os animais estão regressando às áreas queimadas ou se estão se deslocando para territórios vizinhos.

A pesquisa será realizada durante a época da brama do veado, um período reprodutivo marcado por bramidos intensos. Desde 2019, os cientistas têm registrado esses sons para estudar o comportamento da espécie, a intensidade das vocalizações e o impacto da pressão humana na reprodução.

De acordo com a coordenadora do BeWild Lab, “os estudos realizados indicam que os veados vocalizam menos em áreas ruidosas e próximas a parques eólicos, especialmente nos finais de semana, quando a atividade humana é maior. Como os bramidos são essenciais para a reprodução, esses resultados mostram que o ruído gerado pelo ser humano pode interferir na comunicação da espécie e afetar seu sucesso reprodutivo.”

Os investigadores alertam que os incêndios podem ter um impacto significativo nas populações selvagens, o que reforça a importância deste estudo para compreender a resiliência da fauna e a capacidade dos ecossistemas de manter e recuperar o equilíbrio ecológico.

Pat Pereira

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