Amadora

Tony Carreira Cumpriu o Destino e Lotou o Parque Central da Amadora: “Essas Mãozinhas no Ar”

O cartaz anunciava o concerto de Tony Carreira para as 23h15 de sábado, 13. Antes mesmo das 22h30, Diogo Piçarra já havia finalizado sua apresentação, e Armanda, de 54 anos, acompanhada da pequena Lucy, de apenas 2 anos, chegou ao Parque Central. Elas encontraram um banco de jardim e decidiram ficar por ali. “A Lucy é da mesma raça da cadelinha da Sara, a filha do Tony [Golden Retriever]. Sou fã do Tony há muitos anos e senti muito o seu drama, por isso decidi comprar a Lucy ainda bebê para homenagear a Sarita,” compartilha Armanda, com um tom de tristeza, à New in Amadora.

A cadela de pelagem branca permanece calma, com trela, ao lado da tutora, observando o movimento ao seu redor.

Armanda e Lucy tiveram que esperar além do esperado, pois a montagem do palco e da estrutura do espetáculo de Tony Carreira leva tempo. “Então, isto nunca mais começa?” questiona um jovem à namorada, claramente entediado. Ela, por outro lado, demonstra entusiasmo. “Tenha calma. Vai valer a pena.”






Os minutos se arrastam, mas o público continua a chegar, lotando o recinto: no relvado central em frente ao palco, nas laterais, nos coretos e no espaço do jardim José Afonso, até a Escola Superior de Teatro e Cinema.

“Não me lembro de ter visto isto assim tão cheio”, “há muito tempo que não tínhamos tanta gente num concerto” e “Se nos Calema estiverem 20 mil pessoas, hoje chegámos aos 30 mil”, afirmam três bombeiros em conversa com a New in Amadora.

Uma enchente impressionante – 30 mil pessoas.

Não sabemos se Armanda e Lucy aguentaram a espera, mas o público definitivamente sim. Quando, à meia-noite, as luzes se apagam, a atmosfera muda. “Finalmente”, desabafa Paula, enquanto Luís concorda com a cabeça, embora reconheça que “montar uma estrutura daquelas, testar som, vários instrumentos, luzes, videohall é um trabalho demorado.”

O show começa com o vídeo de “Beijo”, a música do verão de 2025, de Mickael Carreira, que contou com Anselmo Ralph, Toy e o próprio Tony Carreira. Um sucesso que todos cantam em uníssono.

De fato em traje preto, adornado com brilhantes, como é habitual nos seus concertos, Tony entra em cena com “A Vida que eu Escolhi”, uma das canções mais conhecidas pelo público. Pede para levantarem as mãos — repetiria esse pedido mais de duas dezenas de vezes durante a noite — e os espectadores respondem, mas sem grande entusiasmo.

Com a casa lotada, nota-se que o atraso esfriou o clima. “Ele vai ter que conquistar o público,” observa Paulo. “Vai ver, ele é uma máquina, não brinca em serviço,” contra-argumenta outro. Brincadeiras estão em falta. A digressão “Tempo” já conta com quase 80 concertos apenas neste ano, não há tempo a perder.

“Sonhar Contigo” e “Dois Corações Sozinhos” mantêm o ritmo. Mas, após dez minutos, Tony demonstra sua habilidade. “Boa noite, Amadora. Estou muito feliz com toda esta recepção, esta casa cheia. Vamos ver se vocês conhecem esta”, avisa. Com os acordes de “Sabor a Ti” ecoando, o público se entrega e o “cantor de sonhos” — curiosamente, a única música do setlist que não foi cantada — ganha o controle da situação.

Agradece “o carinho dos portugueses” ao longo de 37 anos de carreira, “o respeito e o amor nos momentos difíceis. Nunca me abandonaram, e eu não posso esquecer isso.”

A sequência de canções continua, mesclando baladas românticas com músicas dançantes — “já fiz mais de 90 canções, é impossível trazer todas para um concerto, e, portanto, sempre há algum público que pode ficar decepcionado, mas imagino que entendem.”

Um clássico nos concertos de Tony Carreira: aproveitando a qualidade musical da sua banda e das backing vocals, ele utiliza dois minutos para trocar de roupa. Ele aparece com uma camisa branca, terno preto e, desta vez, gravata. Tudo sem interrupções. Um profissional.

O Parque Central brilha agora com as luzes dos celulares, enquanto um dos mais famosos românticos do cantor, “Porque é que vens”, ressoa. E novamente, já no encore, com “Mentira.”

Era 01h30 em ponto quando o show se encerra. Ninguém mais pede “só mais uma.” Não há mais forças. Apenas aplausos.

O setlist do concerto foi o seguinte:

  • Intro 1 + A Vida que eu escolhi
  • Sonhar Contigo + Dois Corações Sozinhos
  • Sabor a ti
  • Medley (Não desisto de ti, Carinha Laroca e Sonhador)
  • É Melhor Dizer Adeus
  • Lisboa
  • Não te vás sem mim
  • O Mesmo de sempre
  • Porque é que vens
  • Eu sem ti
  • Tu levaste a minha vida
  • Acústico (Mãe Querida, Depois de Ti, Eu Morro, Ai Destino)
  • Sonhos de Menino
    [encore]
  • Mentira
  • A Minha Guitarra

Carregue na galeria e veja as fotos de Marta Caeiro do concerto deste sábado, 13, parte das Festas da Cidade, em comemoração ao 46.º aniversário do município da Amadora.







Pat Pereira

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