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Sofrimento à Portuguesa: Análise da Hungria 2-3 Portugal

Sofrimento à Portuguesa: Análise da Hungria 2-3 Portugal

Portugal conquistou o seu segundo triunfo na caminhada para o Mundial 2026, apesar do sofrimento desnecessário, em parte devido às escolhas de Roberto Martinez.

O selecionador nacional decidiu utilizar um médio no eixo defensivo ao lado de Ruben Dias, deixando três centrais no banco, e essa abordagem teve um custo elevado para a equipa. O resultado poderia ter sido pior se não fosse a intervenção decisiva de João Cancelo.

Na teoria, o plano parecia viável. Com Portugal controlando a posse de bola (69% contra 31% da Hungria), era essencial contar com jogadores tecnicamente capazes de distribuir passes e, ao perder a bola, conseguir pressionar rapidamente para recuperar a posse. Apesar de ter funcionado na maior parte das vezes, em duas ocasiões em que houve falhas, a Hungria conseguiu marcar.

É verdade que os húngaros realizaram apenas dois remates à baliza, mas ambos resultaram em golos, pois nem Vitinha nem Ruben Neves conseguiram vencer no jogo aéreo contra Barnabás Varga, autor dos dois golos, ambos de cabeça.

Com a bola, Portugal dominou a partida, jogando sempre no meio-campo adversário, mas faltou-lhe rapidez na circulação e agilidade para mudar o jogo de um flanco para outro, o que poderia ter desorganizado a defesa húngara. O domínio de Portugal traduziu-se em 15 remates (contra cinco da Hungria), dos quais sete foram em direção à baliza. A eficácia demonstrada nos três golos marcados foi um ponto positivo.

Portugal mantém um histórico positivo em casa da Hungria em jogos de qualificação para Mundiais e Europeus, com quatro vitórias e sem derrotas frente aos magiares.

Em outubro, os dois jogos em casa contra a Irlanda e a Hungria poderão garantir a qualificação de Portugal para o Mundial 2026, que acontecerá nos EUA, México e Canadá. Em novembro, a seleção jogará fora contra a Irlanda e encerrará a fase de apuramento em casa contra a Arménia. Os portugueses têm tudo para terminar com 18 pontos no Grupo F.

A figura: João Cancelo

João Cancelo retornou à seleção após a ausência na Liga das Nações, mostrando o seu valor. Titular nos dois jogos, contribuiu com dois golos importantes. Na terça-feira, assistiu Bernardo Silva para empatar a partida no primeiro tempo e, já na reta final, recuperou a bola em zona alta, combinou com Vitinha e Bernardo Silva antes de disparar um grande golo de fora da área.

Esse foi o seu 12.º golo pela Seleção A, tornando-o o defesa mais goleador da história de Portugal (Bruno Alves marcou 11).

No esquema de Roberto Martinez, Cancelo teve liberdade para avançar pelo seu flanco, jogando frequentemente sozinho na ala.

Outros destaques

Vitinha continua a ser o pulmão do meio-campo, responsável por ditar o ritmo do jogo, acelerando ou pausing conforme necessário. Em um meio-campo talentoso e técnico, ajudou Portugal a recuperar a bola rapidamente, neutralizando as investidas húngaras ainda no seu meio-campo. O fato de ter sido batido no ar por Varga no primeiro golo, enquanto ocupava uma posição central, não diminui a sua boa exibição.

Embora tenha tido uma atuação mais discreta, Cristiano Ronaldo conseguiu marcar, adicionando mais um episódio à sua longa carreira, aos 40 anos. Agora tem 39 golos em fases de qualificação para Mundiais, igualando o recorde de Carlos Ruiz (Guatemala). Nestes dois jogos, Ronaldo marcou três golos, totalizando 141 pela Seleção A de Portugal.

Esse foi o sétimo golo de Ronaldo contra a Hungria, uma das suas seleções favoritas, ao lado de Suécia, Arménia e Lituânia. Apenas Luxemburgo sofreu mais golos de Cristiano (11) do que essas seleções.

Portugal já estava ciente do potencial ofensivo da Hungria. Colocar médios defensivos mais baixos a defender cruzamentos contra jogadores altos pode ser um erro, e Barnabás Varga deixou isso claro ao marcar dois golos de cabeça, superando Ruben Neves e Vitinha no jogo aéreo. O avançado de 31 anos já havia marcado contra a Irlanda.

Reações

Os jogadores portugueses comentaram após a vitória: “Demos um passo gigante…”

Martinez defendeu a opção de médios no centro: “Se a Hungria só teve um canto, é porque defendemos bem”

Pat Pereira

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