Rui Borges Lança Nacional e Fala sobre o Mercado: ‘Estamos Preparados para Qualquer Cenário’
Rui Borges participou na conferência de imprensa de antecipação do jogo do Sporting na Madeira contra o Nacional, referente à terceira jornada da Primeira Liga, que ocorreu esta sexta-feira.
O treinador dos leões prevê dificuldades na Choupana, onde já teve a experiência de jogar, e também comentou as questões atuais ligadas ao mercado dos bicampeões nacionais.
O Nacional: “Do onze titular saíram cinco ou seis jogadores e eles estão à procura da melhor dinâmica. No entanto, continuam a ser bastante difíceis em casa. Já estive lá e conheço o desafio de jogar na Choupana. O clima, a humidade e o calor podem influenciar, e precisamos estar preparados. O que podemos controlar, temos que estar prontos. No ano passado, o Nacional foi das equipas com mais remates enquadrados. Eles são muito objetivos, jogam de forma vertical e buscam o seu melhor momento. Estarão supermotivados para enfrentar um Sporting campeão. É natural que qualquer equipe fique motivada por isso. Somando o fator do estádio, a dificuldade de jogar na Choupana, acredito que estaremos preparados.”
Conrad Harder: “Está convocado para o jogo de amanhã e é uma opção. Quanto ao desejo de ser titular, se perguntar a todos, todos vão querer. É normal em qualquer jogador. Ele trabalha para jogar cada vez mais. Está convocado e vamos aguardar as decisões do treinador.”
Ioannidis, Jota e Yeremay: “Não tenho falado sobre jogadores do mercado. Depois, no final, podemos discutir o que quiserem. São três jogadores que estão no nosso radar. O Ioannidis é alguém que está identificado aqui no Sporting há bastante tempo. O Yeremay possui um potencial enorme. O Jota é um jogador que já conheço bem. É normal que haja especulação sobre eles. O momento adequado para tratar deste assunto é no final do mercado, após o fechamento.”
Mercado: “Estamos a falar do Sporting, um grande clube. Temos departamentos muito capacitados e estamos sempre prontos. A estrutura está ciente e preparada para qualquer saída, não apenas dos jogadores mencionados. Faz parte de ser um grande clube, após uma excelente época, que outros clubes queiram os nossos jogadores. Precisamos estar sempre prontos para a exigência do Sporting. Na semana passada, comentei que se houverem cláusulas e se elas forem batidas, e o jogador quiser sair, não podemos impedir. Mas devemos sempre nos preparar para as exigências do mercado, antecipando as situações.”
Possíveis saídas de Harder e Catamo: “Ambos estão convocados para amanhã. Para o resto, sugiro perguntar ao Bernardo [Palmeiro]. Minha função é treinar e mantê-los focados no jogo contra o Nacional. Trabalho num grande clube e o dia a dia será sempre repleto de especulações sobre entradas e saídas. Se eu me concentrar nisso, não conseguirei treinar. Estão ambos em plena forma, prontos para as escolhas do míster.”
Diomande e Maxi: “Espero que sim… Existem vários jogadores com capacidade para responder em situações de bola parada. O Pote, o Trincão, o Zeno… Dependendo das condições, da inspiração e dos espaços do campo. Tentamos controlar isso ao máximo, mas são grandes jogadores e todos eles podem contribuir. Quanto a Diomande e Maxi? Estamos a trabalhar para tê-los nas próximas jornadas. Não posso garantir o que acontecerá no próximo jogo.”
Ryan Lucas: “Vemos um grande potencial nele e acreditamos nas suas capacidades. Para a equipa B seria um jogador mais maduro e capaz de ajudar os jovens que lá estão. É um jovem de seleção, que provavelmente participará no Mundial sub-20 no próximo mês. Estamos a desenvolver o seu potencial. No entanto, ele deve entender, e tem entendido, que está em processo de adaptação às exigências do futebol europeu e do Sporting. Tem respondido bem nos treinos e está frequentemente integrado com a nossa equipe. Apesar da sua juventude, possui uma maturidade diferente. Está preparado para dar uma boa resposta e acredito que, no futuro, poderá ser importante para a equipe principal. Contudo, para já, ele é um jogador da equipe B e estamos aqui para ajudá-lo a evoluir. Isso se aplica a ele e a qualquer outro jogador. O fato de ser um jogador de seleção já demonstra a qualidade que possui, e acreditamos no que ele pode vir a oferecer.”
Morten Hjulmand: “Está disponível para o jogo, supermotivado… É natural que se comente sobre ele, pois é um grande jogador. Vejo-o focado no Sporting. Ele tem crescido bastante e é muito importante para a dinâmica da equipe. É nosso capitão, um líder, e está convocado para o jogo de amanhã. Acredito que fará uma boa partida.”
Jogadores e o mercado: “Temos conseguido administrar isso. Mas, por mais que queira, não conseguimos entrar a 100% na mente dele. No entanto, a resposta tem sido positiva. Acredito que, em alguns momentos, isso pode impactar os jogadores, é algo natural. O Harder tem apenas 20 anos, e é compreensível… Se eu fosse me preocupar com o que se diz diariamente, não conseguiria treinar. Todos os dias há movimentações de jogadores e propostas. Contudo, eles têm demonstrado que estão focados nos treinos, nos jogos e no Sporting. Não consigo afirmar o quanto isso os afeta, mas sinto que a equipe está contente, como sempre. São uma verdadeira família, sem egos. É normal que sejam almejados. Quanto a ser suplente? Apenas 11 podem jogar… É uma parte da rotina de ser jogador de futebol, ele precisa se habituar. Desde que mantenham um bom comportamento diário e respeitem as escolhas do míster. Sou uma figura de liderança, e tomo decisões sabendo das responsabilidades que isso envolve. O respeito sempre esteve presente. O que eles precisam é dar o máximo. Caso contrário, não jogarão nem 10 minutos.”
Vagiannidis: “Todos estão a dar essa resposta, mostrando vontade de jogar e ser titulares. O Vagiannidis foi uma contratação nossa, e é natural que se especule sobre a sua entrada em campo. Ele parece feliz aqui, e já mencionei isso na semana passada. Saiu do seu ambiente, do seu país, e veio para uma exigência diferente. Tem mostrado crescimento a cada dia, adaptando-se bem. Às vezes, pode parecer um pouco tímido, mas estará preparado para as decisões do míster. E reforço: nesta fase, estamos a jogar de semana em semana; brevemente, começaremos a jogar a cada três dias. Todos precisarão jogar. Ninguém é robô, todos são humanos, e eventualmente todos terão que ser titulares. O Vagiannidis, o Ivan [Fresneda]… O Vagiannidis entrou no segundo tempo porque o jogo estava mais controlado, e o Fresneda já tinha um cartão amarelo… Optamos por essa estratégia. Ambos estão preparados e têm dado boas respostas.”
