Economia

Nova linha de prevenção ao suicídio começa a funcionar esta quarta-feira

Nova linha de prevenção ao suicídio começa a funcionar esta quarta-feira

A nova linha dedicada à prevenção do suicídio começa a operar hoje, com o número 1411, visando responder a um problema que causa, em média, três mortes diárias em Portugal.

“Em Portugal, registam-se em média três suicídios por dia”, revelou à Lusa Ana Matos Pires, membro da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, que contribuiu para a criação da Linha Nacional de Prevenção do Suicídio.

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Estabelecida no início de 2024 através de uma lei aprovada no Parlamento, esta linha visa prevenir o suicídio e comportamentos autolesivos, agora em funcionamento após a regulamentação publicada na última semana.

Ana Matos Pires destacou que a garantia de qualidade da nova linha, que estará disponível 24 horas por dia durante todo o ano, “é mandatória”. A linha será gerida por profissionais qualificados em saúde mental e suicidologia, incluindo psicólogos clínicos e enfermeiros especialistas em saúde mental e psiquiátrica.

Ela explicou que um fluxograma foi elaborado para determinar o reencaminhamento dos chamadores do 1411, quando necessário. Isso pode incluir direcionamentos para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes, o INEM em situações de risco iminente, ou para um serviço de urgência ou consulta de cuidados primários.

“A linha não opera como uma consulta nem como um serviço de acompanhamento clínico”, acrescentou a membro da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, mencionando que a experiência da linha nacional francesa, criada em 2022, foi levada em consideração.

Embora integrada na linha SNS 24 e em colaboração com o respectivo serviço de aconselhamento psicológico, a linha de prevenção do suicídio funcionará, a partir de hoje, Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, de forma totalmente autónoma, com identidade e número próprios, sendo coordenada pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).

A regulamentação indica que toda a informação pessoal e clínica fornecida pelos utentes será tratada com respeito ao dever de confidencialidade, em conformidade com a legislação de proteção de dados pessoais.

Pat Pereira

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