Investimento em Certificados de Aforro atinge maior valor em 27 anos em julho

O investimento em certificados de aforro aumentou novamente em julho, com um crescimento de 404 milhões de euros em relação a junho, conforme mostram os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP).
O total investido em certificados cresceu 1,1% em comparação ao mês anterior e 12,6% em relação ao mesmo período de 2024.
Na sequência dessa tendência, o “stock” da dívida do Estado português na forma de certificados de aforro subiu para 38.221,45 milhões de euros, alcançando o valor mais elevado em quase 27 anos, desde o início da série de dados do banco central, que começou em dezembro de 1998.
Após totalizar 37.817,14 milhões em junho, o “stock” cresceu 404,31 milhões.
Em comparação a julho do ano passado, o aumento foi de 4.280,14 milhões de euros, visto que, no mesmo mês do ano anterior, o volume dos certificados estava em 33.941,31 milhões de euros, de acordo com as estatísticas do BdP.
Este é o décimo mês consecutivo de crescimento no valor total dos certificados.
De junho para julho, observou-se uma intensificação do interesse dos investidores por esses títulos de dívida pública.
Após investimentos de 318,96 milhões de euros, os particulares e empresas aplicaram 404,31 milhões em junho, embora este valor tenha sido inferior ao montante investido em maio (475,23 milhões de euros).
Os meses de junho e julho são períodos em que muitos trabalhadores recebem o subsídio de férias.
Apesar do aumento contínuo do valor total, os certificados começaram a perder a atratividade para os poupadores em 2024, quando, em junho, a série de certificados em circulação (“série E”) foi substituída pela “série F”, que apresenta uma taxa de juro inferior.
Outras informações divulgadas hoje pelo BdP indicam que, no primeiro semestre do ano (até junho), o endividamento de particulares e empresas privadas atingiu 468.800 milhões de euros, aumentando em 13.200 milhões de euros em relação ao final de 2024.
Para os particulares, o endividamento cresceu 7.000 milhões de euros, principalmente em relação ao setor financeiro, que representa 6.600 milhões, sendo que 5.100 milhões são em crédito à habitação.