Donald Trump garante que reféns do Hamas serão libertados na segunda-feira

“Todos os reféns serão libertados em breve e Israel retirará suas tropas para uma linha acordada, como primeiros passos em direção a uma paz forte, duradoura e eterna”, publicou Trump na rede Truth Social.
O presidente dos Estados Unidos afirmou acreditar que os reféns do Hamas “regressarão na segunda-feira” para casa, em declarações à Fox News, após o anúncio de um acordo de cessar-fogo em Gaza entre Hamas e Israel.
“Acredito que os reféns voltarão na segunda-feira”, declarou Donald Trump à emissora.
O líder americano anunciou na quarta-feira que a primeira fase do plano de paz para a Faixa de Gaza foi aceita tanto pelo Hamas quanto por Israel.
“Todos os reféns serão libertados em breve e Israel retirará suas tropas para uma linha acordada, como primeiros passos em direção a uma paz forte, duradoura e eterna”, escreveu Trump na Truth Social.
“Tenho orgulho em anunciar que Israel e o Hamas assinaram a primeira fase do nosso Plano de Paz”, acrescentou, após mais um dia de negociações no Egito mediadas por esse país, pelo Qatar, pela Turquia, além dos Estados Unidos.
Segundo o canal Al-Qahera News, vinculado aos serviços de segurança egípcios, os mediadores também anunciaram a formalização de um acordo entre Israel e Hamas, na semana em que se completam dois anos do ataque do Hamas contra Israel.
Na entrevista à Fox News, Donald Trump mencionou ainda que os Estados Unidos estarão envolvidos na “manutenção da paz” em Gaza.
“Acreditamos que Gaza será um lugar muito mais seguro, reconstruído, e outros países da região ajudarão nessa reconstrução, pois possuem enormes riquezas e querem que isso aconteça. E nós estaremos envolvidos para ajudá-los a tornar isso um sucesso e para contribuir com a manutenção da paz”, disse.
Os primeiros pontos do plano de paz, apresentado na Casa Branca em 29 de setembro, incluem o fim da ofensiva israelita em Gaza e a libertação, no prazo de 72 horas, de todos os reféns do Hamas, vivos e mortos.
O plano de Trump ainda contempla o desarmamento do Hamas, a retirada de Israel do enclave, a formação de um governo de transição na Faixa de Gaza e, a longo prazo, possíveis negociações para a criação de um Estado palestiniano — uma possibilidade que, no entanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou.
O Hamas declarou concordar com alguns dos pontos e que desejava negociar outros, o que vem ocorrendo desde segunda-feira no Egito, anunciando que já trocou com Israel listas de detidos a serem libertados.
O movimento palestiniano buscava a libertação de quase 2.000 detidos em troca dos reféns que possui.
Os detidos a serem libertados incluem palestinianos condenados e presos em Israel, incluindo algumas figuras proeminentes de movimentos armados, além de outros capturados durante a ofensiva em Gaza.
O Hamas, que controla este território palestiniano, atacou o solo israelita em 7 de outubro de 2023, causando 1.200 mortes e gerando 251 reféns.
Desses sequestrados, 47 ainda estão em cativeiro em Gaza, sendo que 25 morreram, segundo o exército israelense.
A retaliação de Israel já resultou em mais de 67 mil mortos entre os palestinianos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
As Nações Unidas declararam no mês passado uma situação de fome em algumas áreas do enclave.