China bloqueia 1.200 contas por disseminação de notícias falsas

As autoridades chinesas informaram hoje sobre o encerramento ou bloqueio de mais de 1.200 contas nas redes sociais que se faziam passar por órgãos de imprensa e divulgavam conteúdos informativos sem autorização.
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De acordo com a Administração do Ciberespaço da China, foram identificados casos em plataformas como Weibo – o equivalente chinês da rede X, que está bloqueada no país -, WeChat e Baijiahao. Essas contas utilizavam nomes, logótipos ou imagens semelhantes aos de órgãos oficiais para disseminar notícias supostamente falsas.
O regulador também anunciou a eliminação de contas que realizavam entrevistas e reportagens sem licença, além de outras que usavam fotografias de apresentadores da televisão estatal para reforçar publicações sensacionalistas, bem como várias que, segundo as autoridades, espalhavam informações falsas ou difamatórias sobre empresas.
A ação faz parte de uma série de campanhas recentes para aumentar o controle sobre o espaço digital: em julho, as autoridades intensificaram a supervisão de vídeos curtos com conteúdos considerados enganosos e, em fevereiro, anunciaram o fechamento de mais de 10.000 portais online desde o início do ano.
Nos últimos anos, os reguladores chineses têm promovido diversas campanhas contra comportamentos como ostentação de riqueza, “informações falsas”, “conteúdos inapropriados” e “valores errôneos” nas redes sociais, resultando no fechamento de milhares de contas.
A China detém o recorde de maior número de usuários da Internet no mundo, com mais de 1.100 milhões, mas também é um dos países que exerce maior controle sobre o conteúdo online: serviços populares em outras partes do mundo, como Google, Facebook, X (anteriormente Twitter) e YouTube, estão bloqueados há vários anos.