Benfica esclarece caso Conti e afirma ter recusado pagamento do Lokomotiv Moscovo

O Benfica reagiu esta segunda-feira à notícia de que Rui Costa será constituído arguido no contexto da transferência de Germán Conti para o Lokomotiv Moscovo, afirmando, em comunicado, que rejeitou o pagamento de 70 mil euros proveniente do clube russo, após a operação ter sido bloqueada pelo Ministério Público por violar sanções da União Europeia.
De acordo com o clube, o valor em questão corresponde a uma percentagem do passe do defesa argentino que os encarnados ainda detinham, e que foi automaticamente transferida quando o Lokomotiv vendeu o jogador a outro clube, após a invasão da Ucrânia.
O Benfica esclarece que o pagamento “foi validado pelo sistema TMS da FIFA” e que, assim que tomou conhecimento da interpretação do Ministério Público, “cessou os efeitos do contrato e recusou receber qualquer valor”.
O comunicado enfatiza ainda que “nem o clube, nem a instituição financeira envolvida identificaram qualquer anomalia na operação” e que Rui Costa “não tinha conhecimento nem responsabilidade” sobre o pagamento.
Além disso, o clube recorda que o adiamento do interrogatório de Rui Costa, inicialmente agendado para julho, ocorreu devido à coincidência de datas com a apresentação do plantel e a reunião do Plenário dos Órgãos Sociais, estando agora a aguardar novo agendamento por parte das autoridades.
O caso surgiu em decorrência das restrições financeiras impostas pela União Europeia a entidades e clubes russos, e o Ministério Público considera que o pagamento em questão violou o regime de sanções, embora o Benfica insista que nunca chegou a receber o dinheiro.