Arderam 11 Casas de Primeira Habitação na Região Centro

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Os incêndios que têm afetado o país nas últimas semanas já resultaram na destruição de 11 casas de primeira habitação na região Centro, com o Governo a comprometer-se a apoiar a reconstrução até ao limite de 250 mil euros.
No concelho de Oliveira do Hospital, no interior do distrito de Coimbra, que foi severamente atingido pelo incêndio de Arganil, contabilizaram-se o maior número de habitações danificadas (cinco), seguidas da Lousã (duas), ambas no mesmo distrito.
Em relação às cinco casas afetadas, o presidente da câmara, Francisco Rolo, informou na quinta-feira à agência Lusa que duas estão localizadas na freguesia de Avô, duas em Vila Pouca da Beira e uma em Aldeia das Dez.
A Câmara de Oliveira do Hospital está a implementar um plano para avaliar os danos causados pelo incêndio, que se baseia em três pilares fundamentais — pessoas, segurança e prejuízos — e começará a trabalhar no terreno na próxima segunda-feira, com cerca de 30 elementos provenientes de serviços municipais, juntas de freguesia, segurança social e instituições de saúde, entre outras.
Na Lousã, as chamas que começaram no dia 14 no Candal destruiram uma casa móvel de primeira habitação na Silveira de Cima e outra que estava em processo de reconstrução na localidade de Cabanões.
No distrito da Guarda, uma casa de primeira habitação ardeu em Aguiar da Beira, conforme relatou o presidente da câmara, Virgílio Cunha, que destacou a existência de outros imóveis de primeira habitação danificados, embora ainda habitáveis.
O concelho de Aguiar da Beira foi afetado pelos incêndios iniciados nos dias 13 e 14 em Trancoso, no distrito da Guarda, e em Sernancelhe e Sátão, no distrito de Viseu.
Em Fornos de Algodres também foi reportada a destruição de uma casa de primeira habitação.
Os municípios de Penamacor e Castelo Branco, no mesmo distrito, registraram cada um a destruição de uma casa.
O Governo anunciou um apoio para a reconstrução de habitações próprias afetadas por incêndios rurais, garantindo uma comparticipação “a 100% até ao montante de 250 mil euros”, conforme revelado na última quinta-feira pelo primeiro-ministro.
O restante valor, acrescentou Luís Montenegro, será comparticipado em 85%.
Segundo o primeiro-ministro, que se referia a um briefing após um Conselho de Ministros sobre os incêndios, realizado em Viseu, essa é uma das várias medidas incluídas em um novo “instrumento legislativo” aprovado pelo governo atual e que funcionará como uma lei-quadro para situações emergenciais semelhantes.
Com essa medida, o Governo poderá disponibilizar, até o momento, cerca de 2,5 milhões de euros.
Portugal continental tem enfrentado múltiplos incêndios rurais de grande escala desde julho, especialmente nas regiões Norte e Centro.
Esses incêndios causaram três mortes, incluindo a de um bombeiro, e várias lesões, algumas graves, e destruiu total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, além de empreendimentos agrícolas, pecuários e áreas florestais.
Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, através do qual recebeu dois aviões Fire Boss e um helicóptero Super Puma, com a previsão de chegada de mais dois aviões Canadair.
Segundo dados oficiais preliminares, até 21 de agosto, 234 mil hectares foram consumidos pelo fogo, mais de 53 mil apenas no incêndio de Arganil.