Filarmónica da Amadora apresenta “Ritmos de Outono” neste sábado
O Cineteatro D. João V, localizado na Damaia, Amadora, irá receber, neste sábado, 4 de outubro, às 21 horas, o concerto intitulado “Ritmos de Outono”, a cargo da Banda da Sociedade Filarmónica Comércio e Indústria da Amadora (SFCIA), sob a direção do maestro Hélder Gonçalves.
Fundada em 2 de agosto de 1959, a SFCIA é uma das instituições mais respeitadas do concelho. “A nossa origem está na paixão e no entusiasmo de alguns residentes da Amadora daquela época”, comenta a Filarmónica, que atualmente conta com cerca de cinquenta integrantes, “destacando-se pela juventude e talento, e pela participação ativa na vida cultural da cidade e arredores”.
O maestro Hélder Gonçalves garante um espetáculo “recheado de energia e alegria, para celebrar a chegada do outono com sons mais quentes”. “Inspirado pela estação das colheitas, até a ‘alma do vinho’ será ouvida, com a originalidade de instrumentos inesperados como garrafões e garrafas que vão enriquecer a experiência musical”, descreve.
A festa não termina aqui. “O repertório incluirá canções que marcaram o Festival da Canção e culminará em um mambo vibrante e cheio de ritmo. Uma celebração que promete alegria, tradição e boa música, pensada para toda a família”, acrescenta.
“Tem sido muito gratificante acompanhar a evolução dos músicos”, admite Hélder Gonçalves, que está à frente da Filarmónica há 11 anos. “É um prazer imenso, especialmente porque já participamos de concursos internacionais, onde conquistamos dois prêmios, o que é significativo”, relata.
“Já levámos os músicos à Casa da Música, no Porto, onde muitos nunca tinham estado, já atuámos no Europarque e no Teatro Thalia, entre outros locais. Isso tudo contribui para o desenvolvimento artístico e musical dos membros da banda, e como maestro, fico satisfeito por fazer parte desse crescimento durante os concertos”, revela.
Com 45 músicos ativos, a banda é um grupo equilibrado e entusiasmado, sendo que muitos dos seus integrantes são da Amadora. Alguns vêm de fora para estudar em Lisboa e posteriormente buscam uma banda para atuar, mas a maioria é realmente da Amadora.
No entanto, o maestro, que tem o clarinete como seu instrumento favorito — é licenciado com mestrado em clarinete e possui uma segunda licenciatura com mestrado em direção de orquestra, além de estar atualmente a realizar um doutoramento — destaca as mudanças comportamentais observadas nos jovens desde 2014, quando assumiu a direção da SFCIA.
“Percebo uma grande diferença, especialmente na forma como os jovens encaram a vida. Atualmente, tanto os músicos quanto outros jovens em geral, buscam resultados imediatos e demonstram uma impaciência que não existia antes. Falo de resiliência e da necessidade de muitos anos de estudo e paciência”, alerta.
Ainda assim, Hélder Gonçalves, natural de Cabeceiras de Basto, que deu os primeiros passos na sua formação musical na Escola Artística de Vale do Ave, orgulha-se de que a banda da SFCIA seja reconhecida como “uma das bandas de referência, não apenas na região de Lisboa, mas em todo o País”, acrescentando que isso se deve à sua história e à diversidade do repertório.
O maestro também faz questão de ressaltar o apoio recebido da Junta de Freguesia da Mina e, principalmente, da Câmara Municipal da Amadora para o projeto. “A autarquia demonstra grande sensibilidade pela cultura e pela integração dos cidadãos em sua comunidade”, conclui.
Para o concerto deste sábado, os bilhetes custam 6€ para o público em geral e 3€ para os associados da SFCIA, que estarão disponíveis para venda no dia do evento, a partir das 19 horas, até o início do espetáculo.
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