Economia

Freedom24: Setores de Tecnologia e Defesa como Motores Estruturais dos Mercados Financeiros

Freedom24: Setores de Tecnologia e Defesa como Motores Estruturais dos Mercados Financeiros

Os analistas da corretora Freedom24 afirmam que “o crescimento dos centros de dados, das fábricas e da cibersegurança são tendências estruturais e de longo prazo”. Eles ressaltam que, embora o setor não funcione como um “porto seguro” no sentido clássico, é caracterizado por um fluxo constante de encomendas provenientes dos governos.

Em uma análise realizada pela fintech Freedom24, ficou evidente que os setores de tecnologia e defesa se afirmaram como motores estruturais de crescimento, deixando de ser apenas apostas conjunturais. Fatores como a inteligência artificial (IA), os semicondutores, a cibersegurança e a modernização militar estão redefinindo o cenário de investimento global.

“A defesa pode não ser um ‘porto seguro’ no sentido clássico, mas oferece um fluxo garantido de encomendas governamentais. Empresas que combinarem contratos estabilizados com investimentos em novas tecnologias — desde drones até ciberdefesa — tendem a colher benefícios”, afirmam os analistas da Freedom24.

Apesar disso, apontam que “os principais riscos incluem a ciclicidade política e a necessidade de investimentos em novas tecnologias”. Portanto, “as empresas que aplicarem recursos em I&D e se adaptarem à geopolítica estarão em uma posição vantajosa”.

De acordo com os analistas, “as ações no setor de defesa apresentam uma estabilidade atual, impulsionada pelo aumento dos orçamentos na Europa e nos Estados Unidos (EUA), mas não são um refúgio seguro”. Eles mencionam que existem ciclos de compras governamentais e fatores políticos envolvidos, mas, em termos fundamentais, o setor possui uma demanda garantida para os próximos anos, criando uma trajetória de fluxo de caixa clara.

A corretora também destaca que “os orçamentos militares da União Europeia (UE) e dos EUA alcançaram níveis recordes. Na Europa, a despesa militar deverá subir para 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2025, com a expectativa de continuidade desse aumento, especialmente considerando a meta da NATO de 5% até 2035. Além disso, a Alemanha e outras nações fora do bloco, desde países asiáticos até do Médio Oriente, estão em processo de estruturar novos programas e aumentar seus orçamentos, assegurando contratos a longo prazo e fluxos de caixa previsíveis para as empresas de defesa.”

“Segmentos de interesse particular incluem a integração de sistemas (como aviação, mísseis de longo alcance, submarinos e marinhas), tecnologias de defesa (drones, cibersegurança, redes) e cibersegurança, que apresentam um crescimento mais acelerado e margens mais elevadas”, complementam.

Os analistas da Freedom24 observam que estamos vivenciando “uma rara convergência entre a crescente demanda empresarial por capacidade computacional na IA e os investimentos massivos em produção de chips e infraestrutura”. Para eles, isso resulta em um crescimento consistente das receitas para as Big Tech, fabricantes de equipamentos e empresas de cibersegurança. Em termos simples, “onde há dados e computação, há dinheiro”.

O consumo de capacidade computacional tem crescido exponencialmente. A Nvidia e outros líderes do setor estão reportando crescimento de dois dígitos nas receitas dos centros de dados. Até 2025, os custos de produção de chips deverão ultrapassar os 110 bilhões de dólares, enquanto o mercado total de semicondutores é projetado para exceder 700 bilhões de dólares. A cibersegurança está se tornando uma necessidade orçamentária para todas as empresas, com o mercado apresentando um crescimento projetado de 14-15% ao ano, segundo a Markets&Markets.

Por fim, a corretora europeia que conecta clientes da UE às principais bolsas internacionais conclui que “todos esses fatores criam um ecossistema sustentável para crescimento a longo prazo, apoiando as avaliações atuais das principais ações”.

“Isso não se trata de uma moda de curto prazo em torno da IA, mas sim de uma modernização industrial: o crescimento de centros de dados, fábricas e cibersegurança são tendências estruturais e de longo prazo”, defendem os analistas.

Pat Pereira

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