UGT Exige Valorização do Salário Mínimo para 950 Euros até 2026

A UGT exigiu hoje a “valorização imediata” do salário mínimo nacional para 950 euros em 2026, reafirmando a meta de alcançar 1.200 euros em 2029, conforme um comunicado divulgado após uma reunião do secretariado nacional.
“As circunstâncias atuais diferem ligeiramente das que antecipávamos há um ano”, sublinhou a organização, observando que, na época, a inflação “estava a abrandar, mas agora dá indícios de aceleração”.
Além disso, a UGT ressaltou o agravamento dos problemas relacionados à habitação e às taxas de juro, que, “devido a tensões geopolíticas e à instabilidade internacional, estão a causar dificuldades adicionais aos trabalhadores”, diminuindo o seu rendimento disponível.
“É necessário, portanto, garantir uma resposta adequada aos problemas de rendimento dos portugueses, o que foi também compreendido pelo Governo ao implementar um suplemento extraordinário nas pensões e ao definir uma nova meta para o salário mínimo no seu programa, aproximando-se da posição que a UGT sempre defendeu”, destacou a entidade.
Desta forma, a UGT exige “a valorização imediata para 950 euros em 2026 e reafirma a meta de 1.200 euros em 2029”.
Atualmente, o salário mínimo é de 870 euros.
Simultaneamente, a organização sindical propõe “a revisão urgente dos valores estabelecidos no acordo de médio prazo, defendendo aumentos não inferiores a 5% em 2026”.
Segundo a UGT, este ano “apresenta uma taxa de desemprego estável e baixa, com uma contínua criação de emprego, indicando que o mercado de trabalho deve evoluir de forma positiva”.
A entidade enfatizou que “a economia portuguesa teve um bom desempenho, mas com pouco impacto na melhoria dos salários, especialmente para os trabalhadores, reformados e pensionistas com rendimentos mais baixos”.
<p“Com este cenário favorável, temos a capacidade de ir além do que está previsto nos pressupostos acordados para o aumento dos rendimentos, dos salários e da competitividade, e nos reforços posteriores”, salientou.
Por fim, a UGT alertou que “aumentos extraordinários não resolvem o problema estrutural das pensões baixas e da pobreza”, reivindicando uma discussão urgente e focada exclusivamente em salários e rendimentos dentro da Concertação Social, sem vínculos a outros processos negociais, como a legislação laboral.