Preço das Casas Sobe 17,2% e Transações Aumentam 15,5% no Segundo Trimestre

Durante este período, foram vendidas 42.889 habitações, totalizando 10,3 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 30,4% em comparação com o mesmo período de 2024.
Os preços das casas em Portugal subiram 17,2% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2024, o que representa um incremento de 0,9 pontos percentuais em comparação ao trimestre anterior. O preço das habitações existentes superou o das novas, com variações de 18,3% e 14,5%, respetivamente, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados nesta segunda-feira.
Aumento de 4,7% nos preços das casas foi notado entre o primeiro e o segundo trimestre de 2025, sendo 4,8% no primeiro trimestre de 2025 e 3,9% no segundo trimestre de 2024.
No segundo trimestre de 2025, a taxa de variação média anual foi de 13,8%, marcando um aumento de 2,4 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior, sendo este o maior valor da série histórica disponível.
As habitações existentes apresentaram uma taxa de variação de 14,6%, um aumento de 2,5 pontos percentuais em comparação ao trimestre anterior. As habitações novas também mostraram um crescimento significativo, com uma variação de 11,7% (9,7% no primeiro trimestre de 2025).
No que diz respeito às transações, houve um incremento de 15,5% em relação ao mesmo trimestre de 2024, totalizando 10,3 mil milhões de euros, e um crescimento de 30,4% comparado ao mesmo período do ano anterior (25,0% no primeiro trimestre de 2025). Das transações realizadas, 34.579 (80,6% do total) foram referentes a habitações existentes, representando um aumento de 16,7% em relação ao ano anterior.
As transações de habitações novas aumentaram 10,9%, atingindo 8.310 unidades. Entre os dois primeiros trimestres de 2025, registrou-se um aumento de 3,7% no total de transações de alojamentos. O aumento foi observado apenas entre as habitações existentes (4,8%), com uma diminuição de 0,6% nas habitações novas.
No trimestre em análise, a taxa de variação homóloga no valor das transações das habitações existentes foi de 33,6%, totalizando 7,6 mil milhões de euros, enquanto o valor das habitações novas cresceu 22,0%, alcançando 2,6 mil milhões de euros. O valor das transações de alojamentos aumentou 6,8% no segundo trimestre de 2025 em comparação ao trimestre anterior (-5,5% no primeiro trimestre de 2025). Durante este período, o crescimento no valor das transações das habitações existentes superou o das novas, com variações de 9,2% e 0,3%, respetivamente.
O setor familiar adquiriu 37.699 alojamentos, representando 87,9% do total de transações; para observar um peso relativo mais elevado, é preciso voltar ao terceiro trimestre de 2020 (88,2%). O número de transações aumentou 18,0% em relação ao mesmo período de 2024 e 4,8% em relação ao trimestre anterior.
O total de habitações adquiridas pelas famílias somou 8,9 mil milhões de euros, resultando em uma taxa de variação homóloga de 32,8% (46,3% no trimestre anterior).
O Norte, com 12.955 transações, foi a região com o maior número de vendas de alojamentos, correspondendo a 30,2% do total, um aumento de 0,6 pontos percentuais em comparação com o ano passado. A Grande Lisboa, com 8.189 vendas, registrou o segundo maior número de transações e um aumento na sua quota relativa (+0,2 pontos percentuais), representando 19,1% do total.
A Península de Setúbal também viu um aumento na sua quota relativa regional, em 0,1 pontos percentuais, representando 9,6% do total de vendas de alojamentos, com 4.096 transações. Entre abril e junho de 2025, as vendas de habitações no Norte somaram 2,7 mil milhões de euros, representando 26,1% do volume total, o que equivale a um aumento homólogo de 1,7 pontos percentuais em termos de peso relativo.
A Península de Setúbal e as regiões do Oeste e Vale do Tejo também registraram aumentos nas suas quotas relativas, de 0,3 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente. Por terceiro trimestre consecutivo, a Grande Lisboa superou a barreira de três mil milhões de euros em valor de transações, embora isso não tenha sido suficiente para impedir uma queda de 1,5 pontos percentuais em sua quota regional.