Presidente da República: Acidente Não Afetou o Turismo

O Presidente da República declarou nesta sexta-feira que, segundo os primeiros dados disponíveis, o acidente ocorrido com o Elevador da Glória, em Lisboa, não trouxe “repercussão negativa” para o turismo em Portugal.
Após um almoço num restaurante português em Berlim, Marcelo Rebelo de Sousa informou aos jornalistas que o turismo “não foi impactado” pelo acidente no Elevador da Glória, que resultou em 16 mortes no dia 3 de setembro, em Lisboa.
“Os dados que temos coletado nos últimos dias, tanto em relação aos turistas em Portugal, que permaneceram, quanto às novas reservas para setembro, outubro e períodos futuros (…) [indicam que] não há sinais de repercussões negativas“, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República atribuiu essa falta de sinais negativos à compreensão dos turistas de que “não foi uma situação similar a questões políticas ou de violência política como em outros casos”.
“Além disso, há uma consciência clara de que tudo o que precisa ser investigado está a ser realizado, tanto do ponto de vista técnico quanto das avaliações políticas que correspondem a esse exame”, acrescentou.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, “a percepção de que a investigação está sendo feita de forma abrangente contribui para a sensação de que o turismo não está sendo afetado”.
Ao ser questionado se, além da averiguação das falhas técnicas que causaram o descarrilamento, é necessário também buscar responsabilidades políticas daqueles que tomaram as decisões, o Presidente da República respondeu: “Primeiro, vamos apurar exatamente o que se verificou tecnicamente”.
Marcelo Rebelo de Sousa destacou que o turismo foi um dos tópicos discutidos na manhã desta sexta-feira com o Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, durante a reunião que tiveram na sua residência oficial, o Palácio Bellevue, em Berlim.
O Presidente da República chegou ao palácio por volta das 11h00 (10h00 em Lisboa) e cumprimentou Steinmeier com um abraço — ambos os chefes de Estado conhecem-se desde quando eram professores de Direito e integram uma associação europeia de docentes.
Os dois presidentes ouviram os hinos nacionais de Portugal e da Alemanha, executados pela banda do Exército alemão, antes de inspecionarem os três ramos das Forças Armadas alemãs.
Ao término da breve cerimônia de boas-vindas, os dois chefes de Estado entraram no Palácio Bellevue, onde Marcelo Rebelo de Sousa assinou um livro de honra, posou para uma fotografia oficial e presenteou Frank-Walter Steinmeier com duas garrafas de vinho e uma caixa de prata com uma inscrição pessoal.
Em seguida, tiveram uma reunião — primeiro a sós e depois com as respectivas comitivas — onde, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, discutiram as relações bilaterais, especialmente em relação à fábrica da Autoeuropa e à BMW, bem como o projeto conjunto entre o porto de Sines e o porto de Duisburgo.
“Discutimos os investimentos que outras empresas têm realizado em Portugal e também falamos sobre o crescimento do turismo alemão. Ele ficou surpreso, pois não tinha noção do quanto cresceu e como substituiu, por exemplo, parte do turismo britânico”, relatou.
O Presidente da República ainda mencionou que conversou com seu homólogo sobre os “desafios políticos, sociais, econômicos” e geoestratégicos que a Europa enfrenta atualmente, especialmente em relação à Ucrânia, e também abordaram a situação em Israel, com Marcelo Rebelo de Sousa passando ao Steinmeier o debate que ocorreu em Portugal a respeito do reconhecimento do Estado da Palestina.
Marcelo Rebelo de Sousa está atualmente em visita oficial à Alemanha e, nesta sexta-feira à tarde, após o encontro com Steinmeier, participará do festival Bürgerfest, uma iniciativa cidadã que tem Portugal como país convidado.
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