Ex-trabalhadores denunciam Meta por priorizar lucro em realidade virtual em detrimento da segurança infantil

A Meta, empresa-mãe do Facebook, foi acusada esta terça-feira no Senado dos Estados Unidos de priorizar os lucros da sua plataforma de realidade virtual em detrimento da segurança infantil, ao ignorar investigações internas que advertiam sobre o uso dessas tecnologias por menores e os riscos envolvidos.
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Cayce Savage, ex-investigadora da experiência do utilizador da Meta, declarou perante o subcomité do Senado responsável por privacidade e tecnologia que a empresa desconsiderou evidências internas de que crianças estavam expostas a conteúdo sexualmente explícito em ambientes de realidade virtual.
“A Meta não é uma fonte confiável sobre a segurança ou uso dos seus produtos”, afirmou Savage durante a audiência.
Essas críticas surgem após a agência Reuters ter divulgado documentos internos que mostram que os chatbots da Meta estavam autorizados a manter conversas de natureza romântica ou sensual com menores.
A situação gerou novas indagações por parte de senadores dos Estados Unidos.
“Você se surpreende que a empresa permitisse esse tipo de interação do chatbot com crianças?”, questionou a senadora republicana Marsha Blackburn ao ex-investigador da Meta, Jason Sattizahn. “De forma alguma”, respondeu Sattizahn.
Ambos os denunciantes integram um grupo de atuais e ex-funcionários da Meta, cujas alegações foram inicialmente publicadas pelo Washington Post.
Savage também relatou ter encontrado casos de menores que eram vítimas de bullying, assédio sexual e solicitações de envio de fotografias íntimas durante o exercício de suas funções.