Oeiras: O Potencial de um “Laboratório Vivo” para a Inovação

Bruno Mourão Martins, candidato da Iniciativa Liberal a Oeiras, defende a criação de uma Zona Livre Tecnológica no município, transformando-o em um “laboratório vivo” de inovação capaz de competir globalmente.
O candidato Bruno Mourão Martins acredita que Oeiras possui as condições necessárias para se tornar um “laboratório vivo” de inovação e tecnologia em áreas como saúde, mobilidade e sustentabilidade. Para atingir esse objetivo, propõe que o município tome um passo “audaz” e crie uma Zona Livre Tecnológica (ZLT), que funcionaria como uma zona franca digital.
Inspiradas nos principais polos tecnológicos globais, as ZLT são ambientes controlados – físicos ou virtuais – projetados para permitir a experimentação e teste de tecnologias inovadoras em contextos reais ou quase reais, sempre sob a supervisão das autoridades reguladoras e com benefícios fiscais e logísticos.
Atualmente, Portugal conta com quatro ZLT reconhecidas (Infante D. Henrique, Matosinhos, Aveiro e Viana do Castelo) que estão alinhadas com as prioridades nacionais e europeias. Para os liberais, a criação de uma ZLT em Oeiras representaria “uma evolução natural do posicionamento do concelho como um território inteligente, inovador e competitivo”.
Segundo Bruno Mourão Martins, essa iniciativa impulsionaria “um ecossistema vivo, capaz de atrair talento, investimento e pesquisa de ponta”, criando condições para competir em nível global. O candidato, que concorre pela segunda vez ao município sob a liderança de Isaltino Morais, acrescenta que uma ZLT em Oeiras funcionaria como “um ponto de encontro entre universidades, centros de pesquisa e empresas privadas, tal como já ocorre em Singapura, Canadá ou Reino Unido”.
Os benefícios, segundo o candidato, seriam evidentes. “Por um lado, teremos Oeiras como o símbolo da modernização, demonstrando ao mundo que Portugal pode liderar na era digital; por outro lado, atrairemos mais investimentos e, consequentemente, mais empregos qualificados, jovens e dinamismo para o município.”
Para embasar sua proposta, Bruno Mourão Martins menciona exemplos de “empresas de sucesso” que se desenvolveram em sandboxes regulatórias internacionais, como a Revolut (Reino Unido), lançada em 2016 e atualmente com mais de 40 milhões de usuários em mais de 35 países.
Outro exemplo é a PolicyPal (Singapura), uma empresa de InsurTech que oferece uma plataforma digital para ajudar as pessoas a gerirem, otimizarem e adquirirem seguros de forma personalizada e simplificada, a qual obteve um crescimento acelerado no sudeste asiático.
A Koho, no Canadá, é mais um exemplo de sucesso na área de banking digital. A empresa testou serviços bancários alternativos no sandbox da Ontario Securities Commission e hoje conta com mais de um milhão de usuários e parcerias com grandes bancos e instituições financeiras.
Bruno Mourão Martins ressalta que Oeiras abriga um ecossistema científico-tecnológico consolidado, com destaque para o Instituto Gulbenkian de Ciência, o Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB NOVA), o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET), bem como Taguspark e Lagoas Park, que sediarão importantes centros de inovação, como Glintt, Hovione, CEiiA, OutSystems e Nestlé. Essas condições são “únicas” para a criação de uma ZLT, que representaria um avanço na estratégia “Oeiras Valley”.
<p“Centros de excelência em áreas estratégicas como bioengenharia, robótica avançada, aviação e cibersegurança surgirão”, acredita Bruno Mourão Martins, concluindo que “a zona franca digital será não apenas um polo econômico, mas também um centro cultural e humano, onde o conhecimento se transforma em progresso”.