BCP sobe mais de 2% enquanto Lisboa fecha em terreno negativo
O banco apresenta a maior queda e arrasta o PSI para o ‘vermelho’, mesmo diante do otimismo observado nas principais praças europeias.
O Millenium BCP está a desvalorizar 2,61%, situando-se em 0,7764 euros por ação durante a sessão desta sexta-feira. Como resultado, o banco contribui para as perdas do índice de referência, apesar do otimismo predominante entre as suas congéneres europeias.
O PSI está a recuar 0,31%, alcançando os 7.995 pontos. Para além do BCP, a Corticeira Amorim desce 1,62%, para 7,90 euros, após uma subida superior a 5% no dia anterior. Ao mesmo tempo, a Jerónimo Martins registra uma queda de 0,84%, negociando a 21,24 euros.
Por outro lado, a Navigator sobe 1,68%, atingindo 3,392 euros por título, enquanto a Altri cresce 1,37%, para 5,17 euros. A Mota-Engil também valoriza, com um aumento de 1,03%, agora cotada a 5,39 euros.
No mercado externo, observam-se aumentos de 0,61% em Itália, 0,57% em Espanha, 0,24% em França e 0,12% na Alemanha, enquanto o índice Euro Stoxx 50 soma 0,31%.
Quanto ao mercado de futuros, o barril de Brent está a subir 0,02%, alcançando 67,68 dólares, enquanto o WTI avança 0,13%, situando-se em 63,60 dólares por barril.
“As bolsas europeias vão ganhando tração ao longo da manhã, com a maioria dos principais índices de ações em alta”, destaca a análise do Departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.
“Os investidores aguardam com grande expectativa o discurso do presidente da Fed no Simpósio anual de Jackson Hole, em busca de indícios sobre o futuro das taxas de juro nos EUA, numa fase em que Donald Trump tem pressionado por um ritmo mais acelerado na redução de juros”, explicam os analistas.
Sobre a situação na Europa, “houve a indicação de que a economia alemã contraiu 0,3% no segundo trimestre, numa queda mais acentuada do que o esperado. Destaca-se, igualmente, a queda do mercado polaco, devido a notícias de que o Ministro das Finanças da Polónia pretende aumentar o imposto corporativo para os bancos e reduzir gradualmente o imposto sobre os ativos bancários”, esclarece a análise.
Este contexto “afeta o sentimento em relação ao setor no país, incluindo o Bank Millennium, unidade do BCP”. Simultaneamente, no exterior, “a Akzo Nobel foi impulsionada pela aquisição de uma posição por parte de um investidor ativista”, complementa-se.
